Acompanho vários sites em minha leitura diária. E um dos quais gosto de ler é o www.projetopedalando.com.br. Assim trago um de seus artigos que vale a pena ler.
O ciclismo é um esporte fascinante, pela sua história, pelo trabalho de equipe exigido durante as provas e essencialmente devido à dedicação e disciplina de seus atletas. No entanto, nas últimas três décadas uma substância vem manchando a imagem do ciclismo; a Eritropoietina ou também conhecida como EPO.
O EPO é um hormônio secretado pelo rim que estimula a medula óssea a elevar a produção de células vermelhas do sangue (hemoglobina). A elevação do EPO aumenta a capacidade de transporte de oxigênio pelo sangue. Mais oxigênio no sangue significa mais oxigênio alcançando os músculos para a produção de energia aeróbica, o que melhora a performance de ciclistas, corredores de longa distância e outros atletas de resistência.
Existem duas maneiras de manipular o EPO no corpo humano. Uma é o doping sangüíneo, método bastante utilizado na década de 70 e início dos anos 80. O Doping sanguíneo envolve remover e estocar um litro do próprio sangue, esperar algumas semanas até que o corpo tenha restaurado a quantidade de células vermelhas do sangue, e então reinjetar as células vermelhas estocadas. Doping sangüíneo requer a redução da qualidade do treinamento depois que o sangue for tirado e é um procedimento bastante complicado.
No fim dos anos 80, o EPO passou a ser sintetizado em laboratório com fins terapêuticos, para tratar pacientes com mau funcionamento dos rins. No início da década de 90, o uso de EPO injetável por ciclistas já era amplamente conhecido e realizado.
A melhora da performance após o uso de EPO é significativa, atraindo atenção de atletas de ponta do ciclismo mundial. A partir dos anos 2000, na Olímpiada de Atenas o EPO passou a ser detectado pelos exames antidoping. Grandes nomes do ciclismo como: Lance Armstrong e Floyd Landis, e outras dezenas de ciclistas já caíram no doping de EPO.
O mesmo efeito que melhora o rendimento do usuário também põe em risco a saúde, visto que a substância eleva a densidade do sangue, podendo bloquear os vasos sanguíneos ocasionando infarto. Uso de EPO também causa hipertensão e pode levar a convulsões e falência congestiva do coração.
Nos últimos meses, ciclistas brasileios ganharam evidência negativa depois de serem pegos após o uso da substância. Inclusive, um desses atletas deu uma declaração polêmica em que anunciou sua precoce aposentadoria e pediu desculpas aos expectadores do esporte.
Infelizmente, muitos heróis do esporte e records não existiriam se não fosse o uso dessas substâncias ilícitas, atrás das luzes e holofotes existe um submundo que move milhões e envolve atletas, laboratórios, equipes, médicos, países. Vide o caso recente do escândalo do atletismo russo.
A cada ano as agências anti-dopagem fecham mais o cerco, as tecnologias de detecção avançaram muito nos últimos tempos. O herói de hoje pode ser o vilão de amanhã. Deixamos aqui nosso respeito e reconhecimento aos atletas que lutam com suas forças por resultados reais e justos, o esporte é muito grandioso para ter sua imagem manchada por uma parcela de atletas.
Fontes:
www.eritropoetina.com.br
www.copacabanarunners.net/epo.html
www.proximus.com.br/news/node/119
Artigo originalmente publicado em: www.projetopedalando.com.br