Ibitipoca: Serra de Rancharia

Compatilhe esse post

Aplicativo BioCicleta

Faça o Download do nosso App e não perca nenhum detalhe

 

Todo mundo que vai a Ibitipoca volta. Várias vezes. O que a maioria dessas pessoas não sabe é que Ibitipoca vai muito além do Parque. Toda aquela região da Serra da Mantiqueira pode ser desfrutada também em Lopes, Capoeirão, Olaria, Várzea do Brumado, Rancharia… sem falar em Bom Jardim de Minas, Santa Rita do Jacutinga…

Além disso, existem ainda os rolés próximos à Conceição – o que contorna o Parque dura mais ou menos 11 horas. Algumas das inúmeras vezes que estive no Estação Andorinhas tive o privilégio de conhecer duas trilhas maravilhosas – eu, de bike, e Ricardo, a cavalo. E pra quem pensa que o bicho deixa a desejar, num trote tranquilo, o ritmo é de 20 Km/h. Se forçar, ele chega a 40 km/h e mantém isso por muito tempo.

Numa outra oportunidade, estive lá com outro amigo, ciclista, da Bike on List, que conheci numa das inúmeras peladas no Rio. Marcelo é psiquiatra, ex-escalador é um cara muito, muito engraçado. Mas, como cicista, ele só tinha um defeito: o ritmo. Marcelo é um cara que parece que não tem pressa. Pra nada. Nem pra pedalar. Eu costumava dizer que o ritmo dele parado, girando e pedalando forte era o mesmo. E eu só descobri isso, quando resolvi fazer com ele o seguinte percurso: saímos das Andorinhas em direção a Lima Duarte. Alguns quilômetros depois, entramos em Lopes; dali seguimos pra Várzea do Brumado e subimos, debaixo de uma chuva de verão, a Serra de Rancharia. De lá, “descemos” pra Ibitipoca.

publicidade estudio carlos menezes de bike fit
Publicidade

O rolé, de 40 Km, me deu a sensação de ter sido de 80. Eu, na minha fome de subir tudo o que estivesse pela frente (eu adoro subida!!!), rompi aquela serra sem esquecer meu lema – “eu não empurro bicicleta!” – e toda hora tinha que esperar pelo Marcelo, que vinha tranquilo, na dele, sem dar a mínima pra minha ansiedade.

Quando voltamos pra Estação, cheguei lá e fui direto dar um mergulho na cachoeira. Encontrei Ricardo, no caminho, que me interpelou, peguntando pelo Marcelo: “Do jeito que ela tá pedalando, vai chegar daqui a uns 40 minutos!”. E foi o que ocorreu. Muito tempo depois, ele chegou. E o que importa: feliz!!!

E desses dias, dessas lembranças, fica a certeza de que o respeito às diferenças é o melhor caminho pra boa conviência.

"Beleza é bom, mas conteúdo é fundamental"